Índices dos EUA fecham em baixa: 'Febre' dos chips e expectativas de lucros
O mercado de ações americano encerrou a quarta-feira em queda, com as fabricantes de chips sofrendo desvalorização enquanto os investidores aguardavam os relatórios de lucros corporativos.
Microsoft: Superando estimativas
Após o fechamento do mercado, a Microsoft e a Meta Platforms (banida na Rússia) divulgaram lucros acima das previsões de receita. Esses resultados positivos aumentaram as expectativas para os próximos relatórios de outras gigantes da tecnologia, reforçando a confiança nos "pesos-pesados" do setor.
Alphabet: Relatórios do 'Magnificent Seven' oferecem um ponto positivo
Entre os grandes do "Magnificent Seven", a Alphabet também apresentou resultados impressionantes. Seu crescimento de 2,8% na terça-feira, após superar as expectativas de receita e lucros do terceiro trimestre, deu um impulso ao mercado, ajudando a compensar o impacto negativo das quedas nas ações das fabricantes de chips.
Fabricantes de chips sob pressão: AMD e Qorvo desvalorizam
As ações da Advanced Micro Devices (AMD) e da Qorvo enfrentaram forte pressão. Previsões negativas levaram a quedas de 10,6% e 27,3% em seus preços, respectivamente.
Pesadas perdas para Super Micro e Nvidia
A Super Micro Computer caiu 32,6% após a saída da Ernst & Young como sua auditora. A Nvidia também terminou em baixa, com uma queda de 1,4%.
Setor de tecnologia fortemente impactado
O setor de tecnologia da informação registrou a maior queda entre os setores do S&P 500, com baixa de 1,34%, enquanto o setor de serviços de comunicação teve leve crescimento, graças ao sucesso da Alphabet.
Otimismo do mercado enfraquece
De acordo com Michael James, diretor de negociação de ações da Wedbush Securities, a volatilidade nas ações da Qorvo, AMD e Super Micro está gerando questionamentos e "ofuscando o cenário positivo" desenhado pelo bom desempenho da Alphabet.
Foco muda para os lucros e previsões
"Os lucros e relatórios de orientação das empresas serão observados com atenção", acrescentou James, destacando a intensa expectativa dos investidores.
Pequenas perdas, mas expectativas significativas
A quarta-feira terminou com pequenas quedas nos principais índices. O Dow Jones caiu 91,51 pontos (0,22%), fechando em 42.141,54. O S&P 500 também recuou, com queda de 19,25 pontos (0,33%) para 5.813,67, enquanto o Nasdaq Composite registrou a maior queda, perdendo 104,82 pontos (0,56%) e fechando em 18.607,93.
Economia dos EUA cresce, mas abaixo das expectativas
De acordo com dados preliminares do Departamento de Comércio dos EUA, o PIB cresceu 2,8% no terceiro trimestre, ligeiramente abaixo da previsão de 3,0%. Essa diferença entre os resultados reais e esperados gerou algumas preocupações no mercado, embora a tendência geral de crescimento continue positiva.
Setor privado supera expectativas de crescimento de empregos
Em outra boa notícia, o setor privado registrou um crescimento de empregos acima do esperado. Em outubro, foram adicionados 233.000 novos empregos, superando as previsões e sinalizando uma recuperação constante no mercado de trabalho, o que reforça o otimismo dos investidores quanto à atividade econômica.
Tensões Políticas: Harris e Trump empatados
Com as eleições presidenciais se aproximando em 5 de novembro, a disputa entre Kamala Harris e Donald Trump é um tema quente entre os participantes do mercado. Segundo as últimas pesquisas, os candidatos estão empatados. Os investidores acompanham de perto o impacto potencial das eleições na política econômica e no mercado.
Relatórios corporativos decepcionantes: Eli Lilly e Starbucks
A Eli Lilly desapontou os investidores, com uma queda de 6,2% após ficar abaixo das previsões de vendas para seus medicamentos populares de perda de peso e diabetes. Analistas esperavam resultados melhores, o que levou à queda nas ações da gigante farmacêutica.
O Starbucks reportou uma queda nas vendas trimestrais, com uma diminuição na demanda global impactando os lucros da empresa. Investidores atentos à rede de cafés receberam a confirmação de que os desafios econômicos globais também afetam grandes marcas.
NYSE permanece positiva apesar das quedas
Apesar da queda geral no mercado, a Bolsa de Valores de Nova York mostrou um saldo positivo: para cada ação em baixa, outra subiu. Foram registrados 210 novos máximos e 52 novas mínimas, indicando um sentimento misto, mas com muitos investidores permanecendo otimistas.
Novos máximos e mínimos: S&P 500 e Nasdaq mostram movimento divergente
O S&P 500 registrou 24 novos máximos de 52 semanas e cinco novas mínimas, enquanto o Nasdaq Composite teve 126 novos máximos e 98 novas mínimas. Essa divergência de desempenho ilustra o sentimento misto dos investidores, equilibrando expectativas de crescimento e preocupações com o setor de tecnologia.
Amazon em destaque: Mercado aguarda relatório de lucros
A Amazon deve divulgar seus resultados financeiros na quinta-feira, e as previsões sugerem tendências semelhantes aos relatórios recentes de outras gigantes da tecnologia. Investidores estão preocupados que investimentos agressivos em IA e infraestrutura possam impactar as margens da empresa, reduzindo potencialmente o interesse em suas ações.
Setor de Tecnologia Sob Pressão: IA vem a um alto custo
As ações das grandes empresas de tecnologia continuaram a cair no pregão após o fechamento na quarta-feira. Um grande desafio que essas empresas enfrentam é equilibrar iniciativas ambiciosas em IA com a necessidade de mostrar retornos de curto prazo. "Investir em IA é caro. Construir capacidade é dispendioso", comentou a analista da GlobalData, Beatriz Valle.
Competição por Capacidade: Aumento nos Investimentos de Capital
As empresas de tecnologia estão em uma corrida para construir infraestrutura de IA, mas a adoção generalizada da tecnologia levará tempo. Segundo a Visible Alpha, os gastos de capital trimestrais da Microsoft agora excedem seus níveis anuais antes de 2020. A Meta também aumentou significativamente seus gastos, com investimentos trimestrais agora comparáveis aos seus custos anuais antes de 2017.
Microsoft: Aumentos nos gastos com IA e possível desaceleração do Azure
A Microsoft reportou um aumento de 5,3% nos gastos de capital, chegando a US$ 20 bilhões no primeiro trimestre fiscal, e confirmou novos aumentos no próximo trimestre. Contudo, a empresa alertou que o crescimento do Azure pode desacelerar devido à capacidade limitada dos data centers, o que adicionou preocupações entre os investidores.
Esses investimentos certamente ajudarão as gigantes de tecnologia a fortalecer suas posições no mercado de IA a longo prazo, mas, por enquanto, a questão da rentabilidade e do crescimento das margens permanece em aberto.
Investimentos e seus impactos: Microsoft reduz margens para ganhos futuros
O chefe de pesquisa de tecnologia da D.A. Davidson, Gil Luria, aponta: "Os investidores às vezes ignoram que, sempre que a Microsoft faz grandes investimentos, isso reduz a margem da empresa em um ponto percentual, o que pode perdurar pelos próximos seis anos." Segundo Luria, os atuais investimentos de capital podem desacelerar as métricas de margem da Microsoft, criando uma barreira temporária para a lucratividade.
Fabricantes de Chips enfrentam dificuldades para atender à demanda: Crescimento da IA impulsiona escassez
Fabricantes de chips como a Nvidia estão enfrentando desafios para atender à crescente demanda por componentes de IA. A Advanced Micro Devices (AMD), que divulgou seus resultados recentemente, destacou que a demanda por chips de IA está aumentando mais rápido do que a capacidade de produção. A empresa alertou que a oferta de chips de IA provavelmente permanecerá limitada até o próximo ano, deixando alguns pedidos sem atendimento.
Investimentos em IA lembram os primeiros dias da tecnologia de nuvem
Esses investimentos substanciais por parte de gigantes de tecnologia remetem aos tempos em que as empresas investiam ativamente em tecnologia de nuvem, aguardando que os clientes adotassem e se adaptassem à nova tecnologia.
Aposta de alto risco na infraestrutura de IA
"Estamos à beira de oportunidades significativas, ainda que os investimentos em infraestrutura possam levantar questionamentos entre os investidores a curto prazo", afirmou Mark Zuckerberg, CEO da Meta (banida na Rússia), ao comentar os atuais gastos da empresa. Ele enfatizou que a Meta pretende continuar investindo fortemente em infraestrutura de IA, preparando-se para atender à demanda futura e visando resultados de longo prazo.